Gestão eficaz de fintechs fortalece mercado e previne fraude
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Gestão eficaz de fintechs fortalece mercado e previne fraude

Impressiona a quantidade de contas ativas em fintechs de pessoas físicas no Brasil. Os números ultrapassam em cerca de 40 milhões o número de habitantes no país, que atualmente é de pouco mais de 212 milhões , conforme dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas ( IBGE ). Um crescimento vertiginoso apresentado na pesquisa Panorama 2024 realizada pela Zetta, associação de fintechs sem fins lucrativos, apontou 77% de aumento no número de contas digitais ativas, em 2022, saltando de 142 milhões para 251 milhões no ano passado. Mais de 40 milhões também é o número de brasileiros vítimas de golpes financeiros nos últimos 12 meses, computando prejuízo financeiro acima de R$ 2 bilhões no último ano. Os dados são do relatório Tendências de fraudes bancárias digitais no Brasil em 2024 , da Biocatch, divulgado no final de agosto, que também revelou que 90% dos golpes ocorrem via mobile.

Outra pesquisa produzida pela Oliver Wyman mostra que cada brasileiro tem, em média, 5,5 contas e, conforme dados do Banco Central de 2023 , mais de 46 milhões de brasileiros utilizam contas ativas em fintechs. Esse avanço, no entanto, também trouxe à tona a necessidade de um gerenciamento mais robusto dessas empresas para evitar a evasão fiscal e, principalmente, proteger consumidores e investidores contra golpes financeiros.

Dois quesitos se destacam, neste sentido, para uma gestão eficaz no setor de investimentos, que é a segurança online e a transparência, segundo o chairman da Rafatella Investimentos, Lélio Vieira Carneiro Júnior. Ele ressalta que é necessário práticas sólidas de governança e compliance para prevenir a utilização dessas empresas para operações fraudulentas, que têm sido cada vez mais frequentes no país. “É preciso proteger o mercado e as pessoas contra práticas ilícitas e ao mesmo tempo estimular o crescimento econômico, democratizar e desburocratizar o sistema financeiro, assegurando que as empresas do setor financeiro digital sigam de forma transparente todos os regulamentos fiscais, trazendo benefícios de maneira geral à população e também ao setor público”, afirma Carneiro Júnior.

Fraudes

Nos últimos dias, uma operação da Polícia Federal revelou que organizações criminosas têm se aproveitado de fintechs não regulamentadas para lavar dinheiro e realizar transações ilícitas, movimentando mais de 7 bilhões fora do sistema bancário formal. Ao mesmo tempo, a Receita Federal tem alertado consumidores sobre fraudes envolvendo essas empresas, especialmente relacionadas a contas irregulares e cobranças fictícias.

Neste cenário, o chairman Lélio Vieira Carneiro Júnior acredita que uma fintech bem gerida pode atuar de forma mais positiva, como um pilar para a estabilidade econômica, ao mitigar riscos e promover um ambiente de confiança para investidores e clientes. “O Brasil conta hoje com quase 1.600 fintechs ativas e enfrenta desafios para regulamentar e fiscalizar o setor. Entendo que trabalhar com um gerenciamento proativo e rigoroso dessas plataformas digitais é essencial para evitar impactos negativos na economia e na vida das pessoas, como estamos vendo acontecer cotidianamente com inúmeras vítimas de golpistas que roubam não somente o dinheiro, mas também a identidade de quem foi enganado”, complementa.

A afirmação consta em dados do Relatório Global de Identidade e Fraude 2022 da Experian, que mostraram que o roubo de identidade tem sido motivo de preocupação de 8 entre cada 10 brasileiros. A mesma pesquisa identificou que, no Brasil, 77% dos entrevistados estão preocupados com a ação criminosa. O número é superior ao obtido com os pesquisados em outros países, por exemplo, que é de cerca de 57%. O relatório aponta também que 61% dos brasileiros já passaram ou conhecem alguém que foi vítima desse tipo de golpe. Globalmente, o roubo de identidade superou o roubo de informações do cartão de crédito como maior preocupação de segurança dos consumidores pesquisados.

Mercado aquecido

Nos últimos 10 anos, as fintechs brasileiras receberam US$ 10,4 bilhões de investimento, conforme relatório do Fintech Report 2024 . O capital corresponde a 66,67% do volume total de US$ 15,6 bilhões direcionados para startups do setor financeiro em toda a América Latina. Das 2712 fintechs ativas na América Latina, 58,7% delas estão no Brasil. Em seguida, vem o México, com 20,7% das empresas.

Na era da Inteligência Artificial, Lélio Vieira Carneiro Júnior acredita que o cenário beneficia o mercado das fintechs e ao mesmo tempo que facilita a vida das pessoas é um período crítico de alerta. “Estamos num momento de oportunidades extraordinárias para o setor de fintechs, desde a automação de processos até a personalização de serviços financeiros em larga escala. No entanto, vem também a responsabilidade de redobrar os cuidados com a segurança e a ética. As fintechs precisam garantir que seus algoritmos sejam transparentes, proteger os dados dos consumidores e combater fraudes com mais rigor. É um equilíbrio essencial entre aproveitar o potencial tecnológico e manter a confiança e integridade do mercado”, destaca o chairman da Rafaella Investimentos.

Sobre a Rafatella Investimentos

A Rafatella Investimentos atua com o objetivo de gerir e maximizar o patrimônio de seus investidores. Com uma estrutura focada no planejamento, prospecção, financiamento e gestão dos mais variados ativos, a empresa investe em diversos negócios dos mais variados segmentos.

Acessando fundos de investimentos próprios ou de terceiros, utiliza modelos bem testados de governança e estruturas de capital inteligentes. Atualmente, a Rafatella administra internacionalmente mais de R$ 1 bi em ativos próprios, distribuídos em dezenas de investimentos, em um portfólio que engloba ativos dos mais variados segmentos de mercado.

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