Empresas têm dificuldades com o pagamento de 13º salário dos funcionários nesse período de pandemia
DINO
Empresas têm dificuldades com o pagamento de 13º salário dos funcionários nesse período de pandemia

O ano de 2020 foi atípico e muitos empresários estão buscando inúmeras estratégias para conseguir colocar a folha de pagamento em dia acrescida do 13º salário nesse final de ano.

As dificuldades aumentam quando se trata do pequeno empresário, alguns negócios ficaram com as portas fechadas por um longo período, sobretudo os lojistas de shopping ou então, tiveram redução da jornada de trabalho como restaurantes, comércio de rua, salões de beleza, clínicas de estética e pequenas indústrias afetadas de uma maneira direta pelo isolamento social.

De acordo uma pesquisa realizada pelo Sindicado da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo, cerca de 24% dos empresários entrevistados afirmaram que o pagamento do 13% salário de 2020 será um grande desafio .

Essa porcentagem aumenta quando se trata das pequenas indústrias, o índice pode chegar a 33%.

A pandemia criou esse desequilíbrio no fluxo de caixa das empresas. Os motivos são vários, desde a redução das vendas, falência de fornecedores ou clientes e a falta de crédito.

Para muitas empresas, esse foi ano da sobrevivência e fechar as contas no final de ano pode ser considerado um alívio.

Infelizmente,  mais de 716.000 empresas não conseguiram resistir até esse período. De acordo com o IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os setores mais impactados foram o comércio ( 39,4%) e prestação de serviços ( 37%).

Alternativas para cumprir com as obrigações do bônus salarial

A lei prevê que a primeira parcela do 13º deve ser paga no 30 de Novembro, e a segunda parcela até o dia 20 de Dezembro.

Embora o Congresso Nacional autorizou cortar jornadas de trabalho e reduzir salário, o pagamento do 13º salário deve ser feito de maneira integral .

Os funcionários que foram tiveram o contrato de trabalho suspenso, não tem direito ao 13º salário. Pois segundo o Governo, eles já estão sendo assistidos pelo seguro emergencial.

Via de regra, a reabertura dos negócios tem sido a esperança dos empresários para aumentar o faturamento e conseguirem um fluxo de caixa suficiente para cumprirem com os pagamentos de 13º de todos os funcionários.

Apenas 12,7% das empresas brasileiras tiveram acesso ao crédito emergencial do Governo destinado ao pagamento de salários, portanto, diante desse cenário a maioria dos empresários estão correndo atrás de recursos próprios para não deixar de cumprir com essa obrigação essencial.

De acordo com o Professor de Direito da FMU, é possível as empresas parcelarem o 13%  mediante a um acordo coletivo. Essa alternativa é melhor do que atrasar o pagamento desse direito, pois pode culminar em uma falta muito grave diante da legislação trabalhista.

Uma pesquisa realizada pela SIMPI mostrou que cerca de 25% das micro e pequenas indústrias entrevistadas corriam o risco de atrasar o 13%. Alguns empresários informaram que o capital de giro era insuficiente  e para outros, o fluxo de caixa apontava somente os recursos para manter o negócio aberto.

Um ano difícil, pois a maioria das empresas não tem acesso a crédito. Nessa pesquisa ainda foi constatado que cerca de 27% das indústrias utilizam o cheque especial como capital de giro para pagar os compromissos.

De modo geral, a busca por crédito empresarial aumentou durante a pandemia, segundo o SEBRAE, cerca de 60% das empresas buscaram esse recurso. No entanto, nem todas conseguiram ter o pedido atendido.

Para os analistas do SEBRAE, empréstimos são aceitáveis, contudo, os empresários devem entender que se trata de uma solução temporária para ganhar tempo, caso  a gestão de negócios não mude,o risco da dívida só aumentar é grande.

Com esses novos desafios propostos pela pandemia, os gestores precisam se reinventar e buscar novas alternativas para não fechar as portas. Algumas empresas conseguiram sair dessa situação migrando rapidamente o rumo dos negócios.

Segundo Lúcio Pires, gestor de Negócios Digitais do SEBRAE, os mais engajados são os autônomos e microempreendedores, eles se reinventam com mais agilidade. Contudo, o mesmo pode ocorrer com as pequenas e médias empresas.

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