Ao se retomar o tema do título, a arte que retrata a cultura LGBT contribui para uma melhora nos índices de agressão ao grupo, segundo reportagem de Fábio Iannini no site “ Ambiente Psi ”. O trabalho cita que programas de televisão que mostram casais homossexuais convivendo com seus familiares contribui para a melhor construção de uma autoestima LGBT positiva. O melhor convívio com colegas heterossexuais na escola também ajuda nessa construção.
Entretanto, o que se observa não é isso, pois ao analisar a reportagem da revista Carta Capital , depreende-se que o bullying sofrido pelos indivíduos do grupo LGBT existe e é diferente de outros tipos de bullying. Existe constrangimento para quase todos os indivíduos ao longo da vida, seja em função de ser menos hábil em alguma disciplina na escola, seja por ser mais tímido socialmente etc. Ocorre, porém, que para a população LGBT, esse bullying não se restringe a um fato isolado na vida da pessoa, mas vai além, relacionando-se com algo que pertence à essência da pessoa, a algo que a pessoa é. Nesse sentido, o que se observa na realidade são eventos como o suicídio por asfixia e enforcamento do menino Riley Hadley, de doze anos, em função de ser rejeitado por seus grupos sociais escolares em função da homossexualidade, como traz a reportagem do observatório G da Bol .
Nos Estados Unidos, a segunda maior causa de morte entre jovens de 10 a 24 anos é o suicídio. Este número fica ainda mais expressivo quando se refere a jovens LGBT. Estes pensam três vezes mais em suicídio quando comparados a jovens cis heterossexuais, e de fato chegam a tentar suicídio cinco vezes mais frequentemente do que os últimos. As principais razões são preconceito, rejeição e bullying. Ao se olhar para o Brasil, os números indicam a mesma tendência. Segundo o jornal O Estado de São Paulo , citando pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia, publicada no ano de 2019, a cada 19 horas um indivíduo LGBT é assassinado ou se suicida no Brasil, dados de 2017, tendo havido um aumento de 30% dessa cifra em relação ao ano anterior.
A homofobia institucionalizada originou-se no Brasil colônia. Foram contabilizados 58 casos de suicídio em meio aos 445 registros das mortes de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais. Apesar de ter origens remotas, a tendência continua: de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual (IBDSEX) , 62,5% da população LGBT respondeu que já pensou em suicídio .
Reportagem do blog Hypeness , de 25/06/2018 sugere que a literatura LGBT contribui para retratar melhor a essência deste grupo, e nesse sentido pode ajudar os gays e principalmente as pessoas que estão em seu entorno. Porém, o que se observa no geral é que existe uma falta de empenho da imprensa em divulgar obras de literatura LGBT.
Assim, iniciativas como a da TV Brasil, em seu programa Trilha de Letras , ao entrevistar o escritor egípcio André Aciman são um exemplo de como a imprensa pode contribuir para divulgar obras literárias que retratem o universo LGBT e ajudar ajuda a combater a homofobia no Brasil.
https://blog.ambientepsi.com.br/autoaceitacao-lgbti/
https://www.cartacapital.com.br/blogs/suicidio-da-populacao-lgbt-precisamos-falar-e-escutar/
https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/pesquisa-traca-perfil-da-populacao-lgbt
https://www.youtube.com/watch?v=xDX-Bl87eY0
Website: http://www.bradcrowley.com.br