O número de matrículas da EJA (Educação de Jovens e Adultos) diminuiu 21,8% entre 2018 e 2022, chegando a 2,8 milhões no ano passado. A informação integra o Censo Escolar da Educação Básica 2022 , realizado pelo MEC (Ministério da Educação), Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e Deed (Diretoria de Estatísticas Educacionais).
De acordo com o levantamento, a queda no último ano foi de 6,3%, ocorrendo de forma desigual nas etapas de nível fundamental e de nível médio, que apresentaram redução de 1,9% e 12,5% respectivamente.
O Censo também mostra que, na EJA de nível fundamental, 72,3% das matrículas estão concentradas na rede municipal, enquanto as redes estadual e privada detêm 23,3% e 4,4% das matrículas, respectivamente. Na EJA de nível médio, por sua vez, a rede estadual é responsável por 86,3% das matrículas, bem à frente da rede privada e da municipal, com 10,7% e 2,1%. Já a EJA de nível fundamental concentra proporcionalmente o maior número de matrículas na zona rural (29,3%).
Entre outros dados, a pesquisa revelou que a EJA é composta, de forma predominante, por estudantes com menos de 30 anos, que representam mais da metade (50,3%) das matrículas. Nesse caso, os alunos do sexo masculino são maioria (55,0%). As matrículas de estudantes acima de 30 anos, por outro lado, são compostas em maior parte pelo sexo feminino (58,9%).
Vitoriano Santana, diretor da Nobel Educação - centro de formação e educação profissional que oferece supletivo EJA -, observa que, legalmente constituída no Brasil em 1996, a EJA, apesar de ter quase 30 anos e ter ajudado muitas pessoas que não estudaram na idade escolar apropriada, tem como desafio basilar alcançar as mais de 69,5 milhões de adultos (51,2%) que não terminaram o ensino básico.
“Nesse panorama, a modalidade on-line será fundamental e essencial para reverter esses números e habilitar o maior número de adultos no Brasil ao universo acadêmico através da conclusão dos estudos”, afirma Santana.
Educação a distância é alternativa para EJA
O diretor da Nobel Educação destaca que a vida adulta é cercada de compromissos e obrigações e, sendo assim, pouco tempo sobra para os estudos. “Apesar disso, é sabido que a conclusão do ensino básico é de fundamental importância para o mercado de trabalho, faculdade, concursos públicos e outros”.
Na visão de Santana, diante dos desafios cotidianos, o Supletivo EJA é uma alternativa para quem tem pouco tempo e deseja terminar os estudos e seguir em frente. “Isso porque na EJA o tempo de estudos é reduzido e pode acontecer de forma on-line”, pontua. “Além disso, o Supletivo EJA tem a mesma validade da escola regular e conta com um conteúdo apropriado para quem deixou de estudar há muitos anos”, completa.
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